Kit experimental de polarização da luz com múltiplos polarizadores

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Descrição do kit experimental

Vista explodida do kit experimental.
Vista explodida do kit experimental.

A montagem do kit experimental de polarização da luz com múltiplos polarizadores é composta por três componentes principais: (i) a componente mecânica composta por peças de plástico impressas em 3D, cujos desenhos técnicos estão disponíveis aqui, (ii) um raspberry Pi que executa o software de controlo através da internet e ainda realiza o streaming do vídeo, e (iii) a componente eletrónica do controlador escravo de baixo nível que está responsável pela deteção e motorização do kit experimental.

Montagem Mecânica

Vista de cima do kit experimental
Vista frontal do kit experimental

Nesta parte, a montagem mecânica do kit experimental é explicada em detalhe para poder ser corretamente montada.

Ordem de Montagem

1. Verificar se todas as peças necessárias à montagem estão disponíveis.

Peças necessárias para a montagem

2. Retirar os suportes de impressão das polias com a ajuda de pinças ou de um X-Acto.

Retirar os suportes
Retirar os suportes

3. Colocar as correias nas polias.

Correia na polia

4. Ligar as polias aos suportes dos polarizadores. Ouvir um “click” para saber que estão bem ligados. Adicionalmente, colocar os polarizadores nos suportes. (Não esquecer de retirar as películas protetoras dos polarizadores, caso seja necessário)

Posição de ligação das polias com os polarizadores
Polia e polarizador ligados

5. Repetir os passos 2, 3 e 4 até ter a corrente de polias e polarizadores completa. (Não esquecer de ter as correias nas polias, que não estão representadas na figura.)

Corrente de polias e polarizadores

6. Cortar as camadas finas de suporte que tapam os furos das placas principais da estrutura.

Corte das finas camadas de suporte
Placas principais depois de cortadas

7. Juntar dois dos quatro pilares e colocar as porcas nos buracos específicos no topo dos pilares.

Porcas colocadas nos pilares

8. Ligar os dois pilares colocando os parafusos nos furos específicos.

Parafusos colocados
Pilares ligados

9. Juntar as placas principais nesta posição.

Posicionamento das placas principais (igual ao posicionamento da imagem do passo 1

10. Colocar os pilares ligados no canto da junção das placas principais.

Posicionamento dos pilares ligados na junção

11. Colocar os suportes da corrente no outro lado das placas principais, de modo a que fiquem em lados opostos. Verificar se o suporte da corrente está colocado em cima dos furos hexagonais.

Posicionamento do suporte da corrente
Posicionamento do suporte da corrente

12. Colocar as porcas nas "caixas" mais próximas da "parede" do suporte da corrente.

Posicionamento das porcas

13. Colocar os parafusos nos pilares ligados para aparafusar os pilares às placas e ao suporte da corrente.

Colocar os parafusos nos furos destacados

14. Colocar as porcas no resto das "caixas" do suporte da corrente.

15. Colocar os parafusos através das placas principais para aparafusar o suporte da corrente às placas.

Aparafusar os pilares às placas principais e ao suporte da corrente

16. Repetir os passos 7 e 8.

17. Ir para o lado oposto das placas principais e colocar os pilares aparafusados debaixo dos furos circulares.

18. Colocar as porcas dentro das "caixas" superiores dos pilares aparafusados.

19. Colocar o parafuso através das placas principais de modo a aparafusá-las aos pilares aparafusados.

Aparafusar os outros pilares

20. Ligar a corrente aos suportes da corrente, tanto ao aparafusado como ao solto.

Posição da estrutura (corrente + suportes)

21. Colocar as porcas dentro das "caixas" próprias do suporte da corrente que está solto.

22. Colocar os parafusos através dos furos das placas principais para ligar o suporte da corrente solto às placas principais.

Estrutura da corrente aparafusada

23. Escolher um dos pilares ainda não usados e colocar uma porca na "caixa" do meio.

Porca na "caixa" do meio

24. Colocar o pilar debaixo das placas principais num dos cantos.

25. Colocar um parafuso através do furo nas placas principais para juntá-las ao pilar.

Posicionamento do pilar no canto

26. Repetir os passos 23, 24 e 25 até que os quatro cantos da estrutura estejam suportados.

27. Remover os pequenos pilares que tapam a entrada das porcas nas "caixas" da superfície inferior das placas principais.

Remoção dos pequenos pilares
Remoção dos pequenos pilares

28. Colocar as porcas dentro dessas "caixas".

Colocação das porcas na placa principal
Colocação das porcas na placa principal

29. Colocar o suporte do motor de passo por cima dos furos da placa principal onde se puseram as porcas.

30. Colocar os parafusos através dos furos do suporte do motor de passo de modo a ligá-lo à placa principal.

Colocação do suporte do motor de passo na placa principal

31. Repetir os passos 28, 29 e 30 para os outros quatro suportes do motor de passo.

32. Colocar o motor de passo no suporte do motor de passo, pondo primeiro os cabos através do furo superior e inferior do suporte. Depois, apertar/colocar o motor de passo até se ouvir um click para garantir que este está fixo na posição correta. NOTA: a ligação dos cabos depende do driver, não é confiável usar as cores dos cabos.

Posição de entrada dos cabos

33. Repetir o passo 32 para os outros quatro motor de passo.

Posicionamento do motor de passo

34. Colocar a correia na polia.

35. Ligar a polia (com a correia) ao motor de passo.

Colocação do motor de passo com a correia

36. Apertar a polia do motor de passo.

Apertamento da polia

37. Ajustar a posição do suporte do motor de passo de modo a garantir que a correia está à tensão.

Suporte do motor de passo demasiado perto da corrente (correia está com folga)

38. Apertar os parafusos do suporte do motor de passo de modo a fixá-lo.

Segurador do motor de passo na posição correta

39. Repetir os passos 34, 35, 36, 37 e 38 para os outros quatro suportes dos motores de passo.

40. Montagem Completa.

Circuito Eletrónico

Este kit experimental tem duas componentes eletrónicas principais, (i) os drivers para os motores do motor de passo e (ii) a fonte de luz e deteção.

Montagem da Componente Eletrónica

1. Pegar num dissipador de calor.

Dissipador de Calor.

2. Retirar a película de papel.

Retirar a película de papel.
Retirar a película de papel.

3. Colar o dissipador de calor ao driver do motor de passo.

Colagem do dissipador de calor.
Colocação do dissipador de calor.

4. Repetir os passos 1, 2 e 3 para os cinco drivers.

5. Colocar o driver do motor de passo na placa RAMPS 1.4 (RepRap Arduino Mega Pololu Shield)

Placa RAMPS 1.4.
Placa RAMPS 1.4 (vista do software).

6. Certificar que o driver fica bem colocado, ou seja que a ligação ao ground está como indicado na imagem e que o parafuso (potenciómetro) se encontra do lado oposto à fonte de alimentação (no caso dos drivers verdes ou encarnados) ou do lado da fonte de alimentação (no caso dos drivers roxos).

Colocação do driver.
Colocação do driver roxo (vista do software).
Colocação do driver verde (vista do software).

7. Repetir os passos 5 e 6 para os cinco drivers.

RAMPS 1.4 com os drivers colocados.

Drivers dos motores de passo

Numeração das ligações a cabo do motor de passo

Os drivers dos motores de passo podem ter múltiplos designs de output de acordo com cada produtor. Os pinos dos motores de passo estão numerados de 1 a 6, da esquerda para a direita da vista frontal (eixo do montor de frente e conector virado para baixo). A posição dos drivers no arduino relaciona-se com os motores de passo de acordo com o seguinte esquema:

Driver para o motor de passo
#4 #2 #1
N/A #3 #5

Usando um cabo próprio, as ligações devem seguir as indicações da tabela em baixo:

Ligações do driver para o motor de passo
Pinos da motherboard Cor dos cabos Pino do motor de passo (A4988) Pino do motor de passo (DRV8825)
2B Encarnado 6
2A Verde
1A Preto
1B  Azul 4

Fonte de luz e deteção

Esquema para a ligação LED PWM com o pino A4 da placa de controlo e do filtro.

O LED encarnado é alimentado por um pino de output PMW (A4) da placa de controlo principal, o que permite uma intensidade da luz variável. O PWM padrão da placa tem uma modulação de 490Hz em passos de 1/256, permitindo uma resolução inferior a 0.5%.

Após passar pela cascata de polarizadores, o sinal é detetado por um fotodiodo. Este fotodiodo é polarizado inversamente com um resistor ligado ao ground para gerar um sinal nulo quando não há luz presente.

Esta frequência tem de ser filtrada por um filtro RC de primeira ordem passa-baixo. Como a constante do tempo é ~1s, é necessário adiar a primeira aquisição para a configuração das tensões do circuito. Assim sendo, o sinal varia suave e lentamente devido à rotação dos polarizadores, e a sobreamostragem está em vigor, é necessário um tempo de estabilização muito menor.

Caminho Óptico

Caminho óptico mostrando o sistema de colimação que permite que a luz passe através da cascata de polarizadores em raios paralelos.

O caminho óptico consiste numa fonte de luz (1) (LED encarnado) colocado no ponto focal de uma lente semiesférica (2) onde os raios de luz são colimados num feixe de luz paralelo.

Depois a luz é polarizada por um polarizador fixo (3) antes de entrar na cascata de polarizadores com inclinação variável (4). Esta cadeia escurece a luz de acordo com cada ângulo do polarizador e, em seguida, passa pela segunda lente para focalizar no detetor, um fotodiodo (6).

Antes de chegar ao fotodiodo, a luz pode passar por um filtro encarnado (5) para diminuir a largura de banda e limitar o ruído externo. Este filtro não é totalmente necessário e pode ser substituído por um papel celofane encarnado ou simplesmente retirado no caso de uma estrutura plástica totalmente opaca.

Alinhamento do Caminho Óptico

A estrutura principal do kit experimental tem a luz a propagar-se em raios paralelos através da cascata de polarizadores. Estes raios, posteriomente, são centralizados no sensor (fotodiodo). Para obter uma boa leitura da relação sinal-ruído é crucial ter esta estrutura perfeitamente alinhada. Assim sendo, a posição linear do LED emissor e do fotodiodo deve ser ajustada de acordo com o seguinte procedimento:

  1. Primeiramente, montar a fonte de luz (LED) e as lentes da estrutura;
  2. Alimentar o LED e seguir a imagem circular emergente do output, ex. projetá-la numa parede afastada um par de metros;
  3. Mover a posição do LED de modo a obter uma imagem de output o mais próxima do tamanho do círculo de saída possível (~30mm);
  4. Instalar a estrutura para a cascata de polarizadores sem colocar as lentes ou películas polarizadoras;
  5. Para focar a luz no fotodiodo, colocar a segunda lente de colimação;
  6. Usando um voltímetro para ler a intensidade da luz recebida pelos terminais do fotodiodo, mover para trás e para a frente a posição do fotodiodo a fim de maximizar o sinal;
  7. Colar firmemente a fonte de luz e o fotodiodo nas suas posições finais.

Calibração do Caminho Óptico

Assim que a montagem mecânica estiver completa, é necessário calibrar a posição absoluta de cada polarizador; efetivamente todos os polarizadores vão ter um pequeno offset, resultando num erro sistemático. Deste modo, é importante anotar os valores dos ângulos que maximizam a transmissividade.

O primeiro polarizador é fixo e deve ser posicionado com um pequeno offset com o intuito de evitar começar a experiência a partir de um máximo, permitindo uma fácil observação de tal máximo. Aconselha-se colocá-lo entre os 15 e os 30 graus e prendê-lo eficazmente, se necessário usando até cola. Depois, começar o procedimento de calibração inserindo o segundo polarizador e rodando-o até que os máximos serem detetados e medidos (normalmente são dois). Anotar o seu valor e deixar o segundo polarizador nessa posição. De seguida, inserir o terceiro polarizador e repetir o procedimento de deteção e anotação dos máximos. Repetir este passo para todos os restantes polarizadores. Todas as vezes que lentes ou películas polarizadoras são instaladas precisam de ser bem fixas ou coladas. No caso do uso da cola, garantir que não danifica as lentes/películas polarizadoras.

No final, uma tabela com os máximos ângulos de transmissão é obtida, indicando o valor de referência para a intensidade máxima na cascata de polarizadores.

Posteriormente, ao realizar experiências, os valores de offset devem ser tidos em conta de modo a eliminar o erro sistemático do sistema.

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